Se a Sua Empresa Usa Internet, Está em Perigo – Já pensou sair ao final do dia da sua empresa e deixar as portas e janelas abertas? Qualquer empresário ao imaginar o cenário criado pela pergunta anterior sente de imediato um arrepio de insegurança, o que é totalmente compreensível. Afinal, quem é que no seu perfeito juízo deixaria à mercê da sorte a sua fonte de rendimento, o fruto do seu esforço e dedicação, a sua visão? Ninguém, certo? Então e se lhe disséssemos que as portas e janelas, utilizadas por pessoas mal-intencionadas para invadir empresas, são hoje muito mais abstratas e amplas. Qualquer computador, smartphone, ou impressora podem ser utilizados para entrar na sua empresa e provocar danos incalculáveis. Vamos falar um pouco sobre cibersegurança e perceber o que deve fazer para garantir que quando vai para casa, depois de mais um dia longo de trabalho, todas as portas e janelas ficam devidamente trancadas a pessoas alheias. Neste momento pode estar a pensar que esta é uma ameaça para grandes empresas, pois os génios informáticos não estão interessados em golpes a pequenas empresas. Desengane-se, longe vão os dias em que o cibercrime era praticado por génios informáticos. Hoje, o cibercrime está muito democratizado e é tão simples que até adolescentes têm acesso. Se não acredita, leia este artigo do Centro Nacional de Cibersegurança dirigido a jovens fanáticos por jogos online. Agora que já entendeu que o cibercrime é hoje mais acessível, simples e aliciante que roubar uma maçã num pomar, vamos então falar dos 10 tipos de ameaças que a sua empresa está constantemente exposta. 1. Malware O malware, ou software malicioso, é um dos principais riscos de cibersegurança, afetando tanto utilizadores individuais como empresas. Trata-se de programas desenvolvidos para infiltrar, danificar ou obter acesso não autorizado a sistemas e dados, comprometendo a privacidade e a integridade das informações. Entre os tipos mais comuns de malware encontram-se os vírus, worms, trojans, ransomware e spyware, cada um com métodos distintos de ataque e objetivos específicos. Estes programas maliciosos propagam-se principalmente através de emails de phishing, downloads suspeitos, redes Wi-Fi desprotegidas e vulnerabilidades em softwares desatualizados. Para mitigar os riscos, as empresas devem adotar medidas de proteção como a utilização de firewalls, antivírus avançados, políticas de acesso seguras e formações regulares para os funcionários. Manter os sistemas atualizados e realizar backups frequentes são estratégias essenciais para garantir a continuidade e segurança do negócio. 2. Ataques de engenharia social A engenharia social é uma técnica utilizada por cibercriminosos para manipular pessoas e obter informações sensíveis, explorar vulnerabilidades ou aceder indevidamente a sistemas. Em vez de recorrerem a falhas tecnológicas, os atacantes exploram a confiança, a curiosidade ou o medo das vítimas para levá-las a revelar credenciais, instalar malware ou conceder acessos não autorizados. Entre os métodos mais comuns estão o phishing, em que emails falsos levam ao roubo de dados, e o pretexting, onde os atacantes criam histórias convincentes para enganar as vítimas. Outros exemplos incluem baiting, que explora a curiosidade através de ofertas enganosas, e o tailgating, que permite o acesso físico a áreas restritas. Para se protegerem, as empresas devem investir na formação contínua dos seus colaboradores, implementar autenticação de dois fatores e estabelecer políticas de segurança rigorosas. Outra ação igualmente importante, que a Sigadata também oferece, são simulações de ataques de engenharia social para aumentar a consciencialização e preparar os funcionários para identificar e evitar tentativas de fraude. 3. Ataques de rede Os ataques de rede são ameaças cibernéticas que procuram intercetar, manipular ou roubar dados durante a sua transmissão. Entre os tipos mais comuns estão o Man-in-the-Middle (MitM), onde um atacante intercepta comunicações entre duas partes, e o Eavesdropping, que envolve a escuta não autorizada de dados em redes inseguras. Outros ataques incluem o DNS Spoofing, que redireciona utilizadores para sites falsos ao corromper registos DNS, e o Session Hijacking, onde sessões ativas são roubadas para aceder a sistemas sem autenticação. Proteger-se contra estas ameaças requer a implementação de medidas de segurança robustas, como criptografia, firewalls e formação contínua em cibersegurança. 4. Ataques de negação de serviço Os ataques de negação de serviço (DoS) e de negação de serviço distribuída (DDoS) são ameaças cibernéticas que procuram tornar sistemas ou redes inacessíveis, sobrecarregando-os com tráfego excessivo. Enquanto um ataque DoS utiliza uma única fonte para esgotar os recursos de um sistema, um ataque DDoS envolve múltiplos dispositivos comprometidos, conhecidos como botnets, para lançar um ataque em larga escala. Exemplos notórios incluem o ataque DDoS à Dyn em 2016, que afetou grandes plataformas como Twitter e Netflix, e o ataque à GitHub em 2018, que atingiu um pico de 1,35 terabits por segundo. Estes ataques resultaram em interrupções significativas e perdas financeiras para as empresas afetadas. Para se proteger contra estas ameaças, as empresas devem implementar medidas de segurança robustas, como firewalls, sistemas de prevenção de intrusões e soluções de mitigação de DDoS. A monitorização contínua do tráfego de rede e um plano de resposta a incidentes bem definido são essenciais para minimizar o impacto de um ataque. 5. Exploração de Vulnerabilidades A exploração de vulnerabilidades é uma ameaça crítica no campo da cibersegurança, permitindo que atacantes comprometam sistemas e acedam a informações sensíveis. Entre os tipos mais comuns estão os Zero-Day Exploits, que exploram falhas desconhecidas antes de serem corrigidas, e o SQL Injection, que envolve a inserção de código malicioso para manipular bases de dados. Outras técnicas incluem o Cross-Site Scripting (XSS), que injeta scripts em sites para roubo de informações, e o Cross-Site Request Forgery (CSRF), que engana utilizadores para executar ações não autorizadas. A Privilege Escalation permite que atacantes obtenham acessos administrativos explorando falhas em sistemas. Para se proteger contra estas ameaças, é essencial adotar práticas de segurança rigorosas, como a atualização regular de software, a validação de entradas de utilizadores e a implementação de firewalls. 6. Ameaças internas As ameaças internas são um desafio significativo para a segurança das empresas, envolvendo riscos que surgem de dentro da organização. Estas ameaças podem ser causadas por